Vacina será disponibilizada para 7 milhões de mulheres no Estado
A Assembléia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) aprovou nesta quarta-feira (14.09) em discussão única, projeto que estabelece a implantação do Programa Estadual de Vacinação contra HPV – Human Papiloma Virus. A proposta, assinada conjuntamente pelos deputados Bernardo Rossi e Rafael Picciani, ambos do PMDB, irá à sanção do governador Sérgio Cabral, mas os parlamentares confiam em sua imediata aplicação. "Não é considerado um gasto, mas um investimento em medicina preventiva", aponta Bernardo Rossi, representante de Petrópolis na Alerj.
A expectativa é de imunizar 7 milhões de mulheres, a partir dos 10 anos, em todo o Estado. O vírus HPV é transmitido por contato sexual e vem sendo considerado a principal causa do câncer do colo de útero. A infecção por HPV atinge cerca de 630 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Estudos do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que são estimados 18.430 novos casos da doença e 4.800 mortes por ano em todo o país.
O Programa, além de disponibilizar a vacina na rede pública de saúde, prevê ainda em conjunto com outros órgãos estaduais, como a Secretaria estadual de Educação, a promoção de campanhas educativas e que incentivem a população a se imunizar.
Hoje, a vacina é encontrada na rede particular, mas são necessárias três doses e a imunização consome cerca de R$ 900.
- O projeto teve forte apoio da bancada feminina da Alerj, formada por 13 parlamentares, que abraçaram a iniciativa de pronto. Não apenas por serem o público alvo da campanha, mas por entenderem que hoje o papel da mulher na sociedade e como chefes de família é fundamental para o desenvolvimento do Estado.
E é preciso garantir a saúde das mulheres", afirma Bernardo Rossi.
O deputado Rafael Picciani também ressaltou as emendas que o projeto original sofreu de outros parlamentares como Luiz Martins (PDT), Janira Rocha (PSol) e Enfermeira Rejane (PCdoB), incluindo as campanhas educativas. "Também temos de ressaltar que o projeto saiu do Núcleo de Mulheres do PMDB, uma ideia estudada e que hoje é aprovada pela Casa e com certeza terá a aceitação e empenho do governo em sua aplicação', completou.
