Para o deputado estadual Bernardo Rossi (PMDB), o primeiro passo para que o Serviço Social do Comércio (Sesc) seja voltado para a sua finalidade primordial foi dado com a intervenção no Sesc-RJ e o afastamento do presidente do Conselho Regional do Sesc-RJ, Orlando Diniz e o diretor geral da entidade, Luiz Oddone.
A intervenção, decretada pelo prazo de 120 dias, pelo Departamento Nacional do Sesc, foi motivada pela suspeita de desvio de verbas e superfaturamento, além da participação financeira da instituição em eventos que privilegiariam entidades privadas. Bernardo Rossi aponta ainda que nesta "característica empresarial" adotada pela entidade seu compromisso com Petrópolis não é atendido.
- Ao adquirir o Palácio Quitandinha, o Sesc inaugurou uma etapa de muita responsabilidade com a cidade. E isso não vem sendo cumprido na medida em que o espaço histórico-cultural teve sua reforma finalizada e só reabriu à visitação tardiamente e depois de muitos protestos. A proibição de fotos, mesmo com equipamentos profissionais, denunciada recentemente, também nos choca pelo Palácio ser símbolo da cidade, aponta.
Para Bernardo Rossi, as suspeitas que motivaram a intervenção são graves da mesma forma em que é levantada a possibilidade de superfaturamento na aquisição do Palácio Quitandinha. A apuração do próprio Departamento Nacional do Sesc será somada ainda à investigação por parte da Assembléia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) e pelo Ministério Público Federal que está sendo provocado nesse sentido. "Além disso, já vinhamos reinteradamente reclamando com a Fecomércio e o próprio Sesc da falta de integração do Palácio, sob a sua administração, com a cidade. Ele não pode ser considerado um organismo a parte sem comprometimento com a sociedade porque ele é parte importante da história da cidade", aponta.
FONTE: Assessoria / Estela Siqueira
