quarta-feira, 19 de junho de 2013

DIRETOR DE LABORATÓRIO DE TERAPIA CELULAR EXCELLION DÁ AULAS NO ITF


Com certeza não são muitos os que sabem que em Petrópolis fica um dos mais conhecidos centros de pesquisa celular do Brasil, o Tecnópolis. Ele se denomina Excellion Petrópolis e fica bem junto ao hotel Quitandinha. Foi o primeiro laboratório do Brasil a receber licença para fazer medicina celular aplicada, ou seja, a buscar cura de certas doenças através do uso de células humanas. O Presidente e pesquisador mais conhecido chama-se Radovan Borojevic, um croata há muito radicado no Brasil.
Através de um convite feito por Frei Antônio Moser, que neste semestre está oferecendo o curso de Bioética, o célebre professor e pesquisador Radovan falou durante duas horas para nossos alunos. Ilustrando sua fala, mas ao mesmo tempo abrindo para perguntas sobre o uso de células tronco para terapias, ele simplesmente deixou os estudantes fascinados. É que a terapia genética parece ser algo de muito distante e na realidade já acontece bem pertinho de nós. No Excellion se consegue desenvolver pele humana, e regenerar vários órgãos.
Entre os destaques da presença do célebre pesquisador e autor de algumas centenas de trabalhos científicos, logo se manifestaram ao menos três. Primeiro, garante que cientificamente o momento da humanização coincide com o momento da fecundação. Curiosamente representantes de duas religiões, se colocam hoje de maneira diferente: judeus e muçulmanos. O segundo destaque é o de ele, ao longo de toda a exposição ter deixado claro que só trabalha com células adultas, pois células de embrião não servem para fins terapêuticos. O terceiro destaque foi o de haver deixado claro que não existe nenhuma incompatibilidade entre religião e ciência. Ele mesmo é de religião ortodoxa, e se sente plenamente à vontade para conduzir pesquisas em laboratório, tendo sempre presente que estas pesquisas e práticas só querem uma coisa: fazer o bem, buscando colaborar na cura de muitas doenças, não só de cunho genético, como também provindas de outras causas.

Texto: Frei Antônio Moser