Atualmente, quase
10 milhões de brasileiros têm alguma disfunção nos rins. No último estágio da
linha de cuidado, a população do RJ conta, desde fevereiro, com o Centro
Estadual de Transplantes, que realizou oito transplantes renais em menos de um
mês
Neste 14 de Março é comemorado
o Dia Mundial do Rim e a Sociedade Brasileira de Nefrologia chama a atenção
para a necessidade de a população cuidar adequadamente da saúde renal. Serão
realizadas atividades em todo o mundo reforçando o papel fundamental dos rins
na manutenção do equilíbrio do organismo, já que estes órgãos removem os
produtos indesejados do corpo, filtrando o sangue como uma máquina de lavar. A
perda da função renal pode acarretar sérios riscos à saúde. Atualmente, quase
10 milhões de brasileiros têm alguma disfunção nos rins. De acordo com o último
censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia, existem em torno de 100 mil
brasileiros em diálise, com uma taxa de internação hospitalar de 4,6% ao mês e
uma taxa de mortalidade 17% ao ano. A grande maioria dos pacientes falece sem
sequer ter acesso a essa terapia, por desconhecer o diagnóstico da doença.
O acompanhamento deve ser
feito na atenção básica, com visita constante dos pacientes às Clínicas da
Família e postos de saúde mais próximos de sua residência, mantendo sempre os
exames em dia. Em casos de crise ou complicações renais, todos os hospitais
estaduais estão aptos a fazer o primeiro atendimento de emergência,
estabilizando o paciente e fazendo o encaminhamento a clínicas de hemodiálise,
quando necessário.
As principais causas de perda
da função renal são a hipertensão arterial (35% das causas), diabetes mellitus
(28,5%) seguidas das glomerulonefrites (11,5%). Por isso, a Sociedade
Brasileira de Nefrologia chama atenção para a necessidade de manter a pressão
arterial abaixo de 140/90; se for diabético, controlar o açúcar no sangue;
beber média de dois litros de água por dia; fazer atividade física e reduzir o
consumo de sal e, principalmente, não usar medicamentos sem orientação médica.
Estado passa a realizar
transplante de rim - Para os pacientes em que a cirurgia de transplante é
a única solução, esperança renovada. Desde fevereiro deste o Rio de Janeiro
passou a contar com uma nova unidade transplantadora de rim. É o Centro
Estadual de Transplante, que funciona no Hospital São Francisco de Assis, na
Tijuca; atendendo adolescentes e adultos. O novo serviço de transplantes conta
com centro cirúrgico, com cinco salas e aparelhos de ponta para realizar
cirurgias de alta complexidade; UTI, com nove leitos e ambulatório. O CET
funciona no Hospital São Francisco de Assis (HSFA), na Tijuca. Em menos de um
mês de funcionamento, já foram feitos oito transplantes renais.
Fila por transplante de rim
- Atualmente, há 740 pacientes ativos aguardando na fila por um
transplante de rim no Rio de Janeiro. Em 2011, foram 157 transplantes de
doadores falecidos e 92 de doadores vivos. Em 2012, foram 252 de doadores
falecidos e 115 de doadores vivos. O Centro Estadual de Transplantes terá um
papel importante para que o estado avance nestes resultados. A meta inicial é
manter na unidade do Governo do Estado o número de procedimentos feitos
pela equipe do Hospital Federal de Bonsucesso, em torno de 150 por ano. Em
seguida, o plano é oferecer um crescimento progressivo desse número.
Vida nova para o primeiro
transplantado - Edson Costa, 50 anos, é um dos pacientes que passaram a
ter vida nova a partir do transplante de rim, a cirurgia foi a primeira do
Centro Estadual de Transplantes. De uma família com 9 filhos, Edson teve a
sorte de dois de seus irmãos se oferecem para doar um rim e os órgãos serem
compatíveis com ele. O escolhido foi Joel, de 44 anos, com 100% de
compatibilidade. A cirurgia de transplante foi realizada com sucesso e Edson
teve alta hospitalar dias depois.
- Estou me sentindo muito bem.
Quando voltei para casa fui recebido com um cartaz de boas-vindas e com muito
carinho pela minha família e amigos – conta, feliz, Edson. – Agora, quero
aproveitar os feriadões para viajar, coisa que não conseguia fazer por causa da
hemodiálise. Era um tipo de prisão. Também quero muito voltar a exercer alguma
atividade ano que vem. É bom para aumentar a renda, né?
Em abril, Hospital Estadual da
Criança passa a operar - A Secretaria de Estado de Saúde optou por incluir
o serviço de transplante de rim e fígado no novo Hospital Estadual da Criança
depois que o Hospital Federal de Bonsucesso interrompeu o serviço. Desta forma,
a nova unidade - inaugurada agora em março, em Vila Valqueire - se soma ao
Centro Estadual de Transplantes como mais uma opção para a realização de
cirurgias. O Hospital da Criança tem capacidade para realizar até 20
transplantes de rim e 20 de fígado por mês e as primeiras operações devem
acontecer a partir de abril.
Remédio de graça - A
RioFarmes - farmácia estadual de medicamentos especializados - que fica na
Cidade Nova, Centro do Rio, distribui medicamentos para 70 tipos de doenças,
entre elas a insuficiência renal crônica. Cerca de 56 mil pacientes com
diferentes doenças são cadastrados no Componente Especializado da Assistência
Farmacêutica (CEAF). Só no ano passado, foram mais de 19,7 milhões medicamentos
dispensados.
Fonte: Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado de Saúde