Hospital utiliza tecnologia avançada para examinar o funcionamento de
quase todos os órgãos do corpo.
O
serviço de medicina nuclear do Hospital SMH – Beneficência Portuguesa – é o
único da Região Serrana a oferecer diagnóstico de doenças através de estudo
tomográfico, ou seja, da avaliação funcional dos órgãos. O setor realiza aproximadamente
180 exames de cintilografia, fluxo sanguíneo ósseo e aspiração pulmonar, entre
outros, por mês, sendo 30% pelo SUS e 20% vindos de municípios vizinhos. As
avaliações, que tem alto grau de complexidade, são indolores, não invasivas e
utilizam uma quantidade de radiação bastante inferior a técnicas mais populares
como o raio X.
Os
exames de cintilografia realizados pela medicina nuclear têm como objetivo não
só identificar ou descartar uma doença, como também apontar o grau de comprometimento
que ela causa no organismo. Segundo a médica especialista em medicina nuclear e
responsável pela Nuclear-Scan, Margarida Maria Camões Orlando, “trata-se de um
estudo de imagem semelhante ao feito pela radiologia, porém, enquanto esta fornece
uma informação anatômica – tamanho e localização de um tumor, por exemplo – o
estudo tomográfico de medicina nuclear se preocupa em analisar o quanto este
tumor compromete o funcionamento do órgão. O resultado permite que o médico
tome decisões mais precisas, optando somente pela retirada do tumor ou pela
retirada do órgão inteiro, no caso de um rim, por exemplo”.
Na
cintilografia, o paciente recebe uma dose mínima de radiação por via oral ou
injetável. A ação dos isótopos radioativos gera imagens dos órgãos em
funcionamento que são transmitidas pelos aparelhos com alta tecnologia (gama
câmara). Eles são capazes de avaliar partes do corpo como coração, cérebro,
pulmões, rins e fígado, entre muitos outros. “Na cintilografia por perfusão
miocárdica é administrada uma dose muito pequena de um radiofármaco em duas
situações: com a pessoa em seu ponto máximo de esforço, que chamamos de
situação de estresse (quando necessário o estresse pode ser provocado por
medicamentos, como é o caso de um paciente idoso ou deficiente físico), e
depois em repouso. A avaliação permite comparar as duas circunstâncias para
confirmar ou não a presença da doença coronariana e sua gravidade”, explica a
especialista.
Através
da medicina nuclear é possível diagnosticar metástase (quando a célula
cancerígena entra na corrente sanguínea podendo atingir outros tecidos do
corpo) óssea de tumores primários, embolia pulmonar, doenças coronarianas e
osteo-articulares, e patologias renais. Através desta especialidade da medicina
também é realizado o tratamento para câncer de tireoide com a administração de
doses terapêuticas de Iodo-131. A Nuclear-Scan funciona no Hospital SMH, que
fica na Av. Portugal, 236, no Valparaíso. Mais informações pelos telefones 2237-6262,
2237-4409 e 2243-6846.
FONTE: Assessoria Hospital SMH