Na
visão do prefeito Rubens Bomtempo, além do aspecto imoral da utilização
desses recursos, houve também o descumprimento de trâmites administrativos
legais. "O Departamento de Licitações da Prefeitura sequer deu parecer ou
lavrou o documento que alterou a fonte pagadora do contrato. Ainda assim,
naquele momento, quase dois anos depois da tragédia, a obra não caracterizava
qualquer situação emergencial que pudesse sustentar a utilização dessas verbas
para socorro às vítimas," disse Bomtempo.
O
prefeito também lamentou que a utilização dos recursos jamais tivesse sido
discutida com os moradores que foram afetados diretamente pela tragédia. O
dinheiro de instituições privadas ou pessoas físicas que foram solidárias com
as vítimas das chuvas ficou parado na conta SOS Doações Petrópolis
enquanto as famílias precisavam de recursos para restabelecer a normalidade de
suas vidas. A obra, licitada em junho e realizada entre os meses de agosto e
novembro de 2012, teve a finalidade de urbanizar o acesso a apenas 24 casas das
mais de 700 unidades habitacionais que ainda precisam ser construídas para as
famílias que ficaram desabrigadas na região. "Promoveram uma injustiça com
as comunidades ao arrepio da lei e no apagar das luzes do governo anterior. Não
há justificativa para essa atitude", disse Bomtempo, ao comentar a nota
divulgada pelo governo anterior sobre o ocorrido.
Fonte: Ascom
Foto: Evaldo Macedo