O prefeito Rubens Bomtempo
acompanhou ontem (03-02) a vistoria da Defesa Civil realizada na Comunidade dos
Ferroviários, no Alto da Serra, onde mais de 50 toneladas de pedra e terra
desabaram no fim da tarde de sábado. A contratação emergencial de um geólogo,
acionamento oficial do Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro – DRM-RJ,e
a retomada da licitação para o desenvolvimento de um projeto básico de
intervenções de infraestrutura para todo o bairro foram determinadas pelo
prefeito. O trabalho será feito de acordo com o Plano de Redução de
Risco, elaborado durante o segundo mandato de Bomtempo, em 2007.
“As providências aqui precisam
ser tomadas rapidamente. A partir do estudo realizado pelo geólogo será
possível direcionar os trabalhos e determinar quais os melhores caminhos, pois
o problema é sério e não podemos realizar uma obra paliativa. A nossa principal
preocupação é garantir a segurança dos moradores”, disse Bomtempo. Ainda no
domingo, o geólogo esteve em vistoria no local junto com a equipe técnica da
Prefeitura para decidir quais medidas serão tomadas.
Hoje pela manhã (04-02), uma
limpeza foi realizada no local. “Por orientação técnica, a maior parte desse
material não pode ser removido. Outra medida importante foi tomada pela empresa
Águas do Imperador, que providenciou os reparos na tubulação de esgoto,
enquanto a Ampla toma providências em relação ao poste, que fica ao lado do
barranco”, explica o tenente-coronel Rafael Simão, coordenador da Defesa Civil.
No domingo, o tenente-coronel
Remo, da Secretaria de Estado de Defesa Civil, também acompanhou o
trabalho,assim como Secretário de Obras Aldir Cony o secretário de Habitação
Rodrigo Seabra, o presidente da Comdep, Hélio Dias e o secretário
Jorge Maia, da Secretaria de Trabalho Assistência Social e Cidadania. O
prefeito lembra que no Plano de Redução de Risco, desenvolvido há alguns anos,
ficou constatado que as áreas mais frágeis do 1° distrito estavam no Alto da
Serra: “O que foi uma surpresa porque, na época, nossa preocupação era com
outros bairros da cidade, como o Independência, por exemplo,”.
Cinco casas, uma delas
geminada, foram interditadas e duas famílias precisaram ser imediatamente
removidas, enquanto outras quatro também deixaram os imóveis em seguida, sob a
orientação da Defesa Civil. As providências emergenciais já foram tomadas pela
Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania – Setrac que agora
realiza um levantamento para garantir que os benefícios sociais sejam
oferecidos de acordo com as necessidades de cada família.
Não havia chuva no momento do
desabamento e, na ocasião, dois agentes da Defesa Civil faziam uma vistoria
prévia no local. Isso porque, duas pedras de pequeno porte haviam rolado
durante o dia, levando preocupação para os moradores. Antes de deixarem o
local, ocorreu o deslizamento das pedras e o muro de duas casas foram
atingidos. Está sendo apurada ainda a informação de que entre as décadas de 50
e 60 havia uma pedreira funcionando no local. Ao longo dos anos, as rochas
podem ter trabalhado, provocando um desplacamento, ocasionando o
desmoronamento.
Fonte: Assessoria
Foto: Evaldo Macedo