A Secretaria de Trabalho,
Assistência Social e Cidadania - Setrac iniciou hoje (15-02) a abordagem de
moradores de rua. O trabalho foi realizado, entre o Bosque do Imperador,
entorno do Terminal do Centro e uma equipe volante circulando pelo Centro Histórico.
Os acolhidos foram encaminhados para o NIS – Núcleo de Integração Social, no
Alto da Serra. Sem data para terminar, a operação irá se estender até ao quinto
distrito e a expectativa é que funcione diariamente de 8h a meia-noite. A
estimativa é que 60 pessoas, a maioria delas de fora da cidade, estejam vivendo
nas ruas do município.
“A ação de abordagem é uma
prioridade do governo municipal, no sentido de atender essas pessoas que estão
à beira da exclusão social”, explica o secretário de Trabalho, Assistência
Social e Cidadania, Jorge Maia. Segundo ele, com o trabalho será possível
mostrar aos moradores de rua que no NIS serão bem atendidos e terão alimentação
e medicamentos, por exemplo. “Será desenvolvido um forte trabalho social, que
contará, inclusive, com a realização de oficinas culturais, artesanato, entre
outras. A ideia é que as famílias também sejam incluídas”, explica. Atualmente,
26 pessoas estão abrigadas no NIS e todas são petropolitanas.
Para a diretora de Proteção
Social Especial da Setrac, Rosane Cross, o maior desafio será reconquistar a
confiança dos moradores de rua, pois eles foram deixados de lado, e o trabalho
no NIS acabou desacreditado. “Eles chegavam lá, mas não tinham mais o
atendimento ao qual estavam acostumados. Nosso sistema de acompanhamento está
dentro da política nacional de assistência social”, disse.
Durante a ação, aqueles que
foram identificados como naturais de outros municípios e estados receberam o
mesmo atendimento. “Essas pessoas serão encaminhados para as cidades de origem.
Para isso, entraremos em contato com o serviço social de cada região para
garantir o retorno”, explica o secretário de Trabalho, Assistência Social e
Cidadania.
Outra medida que poderá ser
tomada, segundo Jorge Maria, será o encaminhamento ao Centro de Atendimento
Psicossocial – CAPS. A necessidade será diagnosticada pelos profissionais do Departamento
de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, que também participaram da ação.
“Alguns moradores de rua já possuem um histórico de distúrbios e deixaram,
inclusive, de tomar os seus remédios. Se houver necessidade, serão encaminhados
ao CAPS ou, nos casos mais graves, serão acolhidos num leito por 72 horas”.
Para a ação, foi necessária a
realização de um levantamento para identificar os pontos mais vulneráveis do
Centro Histórico, por isso, o trabalho deve ser iniciado pelos arredores do
Terminal do Centro. Ao todo, dez profissionais devem ser mobilizados.
Fonte: Assessoria
Foto: Evaldo Macedo